segunda-feira, 30 de julho de 2007

Quando as nuvens rodeavam o Sol,
Acima delas lhe levantei para que pudesse sentir o calor.
Calor esse que seria essencial,
Tanto para florescer uma rosa,
Quanto para aquecer seu coração.

À luz você também teve acesso,
Poderia enxergar o caminho,
Rumando pelos mais desconhecidos,
Mas sempre sabendo o que viria a seguir.

Linda e deslumbrante,
Era assim que ficava sob a luz.
Como se fizesse parte do astro,
Esse brilho me fascinou.

Mas um dia o livro acabou,
O conto de fadas não prosseguiu.
E agora, vejo que o brilho é só reflexo,
Sequer permanece de olhos abertos para ver a luz,
Um coração coberto não pode ser derretido,
E sem a água do degelo,
A rosa adormece nessa geleira.

Um comentário:

Anônimo disse...

A identidade que damos para nosso desejos é proporcional aos sonhos congelados no eterno branco de um bloco de gelo milenar...

Não dá para desejar algo como um sentimento quando a pessoa é praticamente uma geladeira...

É meu pensamento.