quinta-feira, 30 de agosto de 2007

A sombra revela a silhueta,
Em um breve instante viro-me,
Na tentativa de revelar sua identidade,
Mas a luz do Sol ofusca minha visão.
Quem é você que me vigia e vive em meus sonhos?
Seu toque sinto a todo o momento,
Posso reconhecer seu sorriso,
Sinto sua presença em meio à multidão.
Dentre tantas faces,
Desconheço qual é a sua,
Dê-me um sinal,
Faça-me um gesto,
Quero lhe dar um sorriso...
Peço e sei que será em vão,
Nesse momento não irá se revelar,
Na hora certa saberei,
Quando menos esperar.
Um passo meu você aguarda,
Cansar-se não irá,
Paciência e sabedoria lhe guiam,
As quais em breve me ensinará.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Fico aqui a lhe vigiar,
Por sobre o cinzento calçamento,
Seu decidido caminhar,
Com seu pensamento longe,
Visando apenas seu objetivo.

Hipnotizado pelo movimento de seus cabelos,
Permaneço imóvel,
Longe de mim, longe dessa multidão,
E esbarrado a todo instante.

Escondido de seu olhar,
Apreciando seus movimentos,
Fico apenas imaginando,
O dia que poderei carregá-la em meus braços,
Compartilharmos nossos momentos,
E enxugar suas lágrimas de alegria.
Enquanto lhe aguardo,
Vivo da melhor forma,
Batalhando e conquistando,
Sorrindo e fazendo sorrir,
Para quando nossas vidas forem apenas uma,
Abraçado a você,
Poder lhe contar minha história e ganhar seu sorriso.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Passos lentos e descompassados,
Tateando o piso irregular,
Pensamentos incessantes,
Solidão atordoante.
Desordem inconsciente,
Olhos compenetrados,
Analisando o vazio,
Procurando o seu rosto.

Paro, ouço o silêncio,
Tropeço nos meus pensamentos,
Segurado pelos sonhos,
Continuo de pé.

Insanidade tentando me tomar,
Felicidade tentando me alcançar.
Confuso, não mais me reconheço,
Atos sem nexo,
Estou abrigado pelo medo.

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Formigas operárias em função da rainha,
Seguindo a vida com o suficiente,
Subordinadas sem raciocinar,
Perspectivas?

Até que algo interessante acontece,
De lá de dentro como rios de lava escorrendo,
De forma que qualquer barreira seria inútil.
Um desejo repentino de alteração,
Quando já se era possível ver o que há lá embaixo,
Surge a determinação pela vitória.
Vencer na vida,
Não ser apenas mais um,
Chega de fracassados,
Disso o mundo já está cheio!

Quando a vitória interior é o objetivo,
A força de vontade urrar,
O desejo de enxergar a luz surgir,
E o ócio não puder mais existir,
As raízes estarão prontas para penetrar na terra,
Fixando em breve essa enorme e milenar sequóia.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Quando a tempestade desabou,
Nem meus pés podia enxergar,
Caminhando sempre em frente não mais olhei para trás,
Precisava me abrigar.
Na mata densa adentrei,
Perdido e molhado,
Abriguei-me sob as árvores,
Por lá permaneci até que cessasse a tempestade.

Ainda era noite,
Céu escuro em um local desconhecido,
Não sabia o que mais iria encontrar.
Parado não ficaria mais,
Levantei e fui para uma direção qualquer.
E por entre as nuvens,
Surge uma estrela,

Iluminou meu caminho,
Com consciência pude caminhar,
Confiante mesmo sem saber aonde iria chegar.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Quando bate a saudade,
Em um momento de euforia,
Uma sensação indescritível e incessante.
Sentimentos descontrolados derrubando minha mente,
Me perco nas tarefas,
Paro por alguns instantes:
Preciso voltar!
Retomo meu dever,
Logo ela retornará.

Feliz por sentir,
Triste pela distância.
Seu rosto surge a minha frente,
Sinto seu toque,
Sua voz ecoa...
Olho de novo para frente,
À minha volta lhe procuro,
Um sorriso me escapa.
Aqui você não está,
Mas do meu sorriso não escapará.

Fui encantado pela minha mente,
Que lhe formou em meus pensamentos,
Por enquanto me contento,
Aqui sentado esperando o tempo se rastejar.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

E agora o que acontece?
Quando tudo parecia rumar ao desconhecido,
Por rotas nunca vistas,
Novas estratégias para se continuar em frente foram tomadas.
Até que a paisagem a volta,
Passa a se tornar familiar.

Mas uma grande dúvida surge:
Familiar em relação aos antigos caminhos
Ou em relação aos novos?

Caminhar em círculos,
Maior facilidade em lidar com obstáculos,
Ou apenas de desviar deles,
Sensação de poder, de saber tudo,
Uma ilusão!

Assim como tudo isso que está logo a frente,
Que não está mais!
No próximo segundo voltará a estar,
Logo depois não mais...

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Todos esses cacos de vidro espalhados,
Foram fruto de sua destruição,
Daquela imagem que você guardou.
Mas era apenas uma imagem de nós dois em um espelho,
Guardada em sua mente,
Ninguém a via,
Sua mente a manteve.

Cuidado com os cacos,
Eles são pontiagudos,
Lentamente você pisa sobre todos,
Na tentativa de destruí-los ainda mais.
De seus pés o sangue começa a escorrer,
Agora você está se destruindo sozinha.

Não posso mais intervir,
Minha ajuda não é bem vinda.
Você tenta me atingir,
Com os pequenos pedaços de vidro já sujos com seu sangue,
Em vão!
Estou longe demais,
Sua força está diminuindo,
Força essa proveniente de ilusões criadas.

Não posso mais continuar assistindo,
Nem mais lhe reconheço,
Mas sei que é você,
A pessoa a qual um dia já me fez sorrir.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Mergulhado em pensamentos,
Não ficarei na superfície.
Ela é uma mera ilusão,
Para se achar que se está lá em cima,
Quando não se sabe o que vive lá no fundo.
Deixo-a para os peixes pequenos,
Esses serão fisgados e descartados a seguir.

Encararei os tubarões,
Esses me ensinarão a nadar,
Viverei com peixes grandes,
Esses que ao serem capturados virarão troféus.
Na companhia de corais,
Sempre estarão lá, nunca fugirão quando o perigo surgir.

Ar já não me falta mais,
O frio só me induz a buscar correntes quentes,
A escuridão não existe,
Daqui enxergo o sol,
As águas funcionam como lentes para seus raios,
Tudo é iluminado,
Estou de olhos abertos,
Para ignorar as ilusões e agarrar as emoções.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Unindo palavras me expresso para poucos,
De nada adianta o dicionário,
Raras pessoas podem realmente sentir,
Por puro desconhecimento,
Ou por se esconder.

Sentimentos extravasados por palavras,
Às vezes mal escolhidas,
Não importa...
Quem pode sentir irá entender,
Terá seus olhos cheios de lágrimas,
Simultaneamente o sorriso irá aflorar.

Continuo escrevendo,
Tendo a certeza de que por alguns instantes atinjo meu objetivo,
Tirando você de sua cadeira,
Do seu mundo...
Trago-lhe para o meu,
Mostrando o que se passa,
Pode não aceitar agora,
Mas quando puder me entender,
Contenha as lágrimas,
Você preferiu assim.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Sorrisos, lágrimas...
Beijos, discussões...
Abraços, solidão...
Uma relação aparentemente sem relação,
Uma união de opostos.

Assim como a Lua domina a noite e o Sol domina o dia,
Essenciais e belos,
Ambos fariam falta.
Duas pessoas que se amam,
Podem viver sem uma das partes,
Viver melhor só com sorrisos,
Beijos, abraços.
E mesmo que venham as lágrimas,
Que sejam de alegria.

Mas quem sou eu pra dar palpite?
Ao que acontece a todos,
Ao que se estenderá durante a vida.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Aos primeiros raios de Sol,
Quando puder despertar desse sonho,
Chegar o momento de levantar,
Notar que minhas mãos já não mais tocam seu corpo,
Estender seu braço para o lado
E notar que não estou mais na sua cama,
Já estarei longe.

O tempo passou bem rápido,
Difícil crer que já não existe mais a nossa vida,
Agora somos você e eu separadamente.
Os planos não concretizados ficarão para sempre nas nossas lembranças.

Acredite, nunca esquecerei do que senti por você.
Esse sentimento ficará guardado comigo para sempre,
Não quero deixar de gostar de você,
Da pessoa que me fez sorrir mesmo nos piores momentos,
Que me abraçava quando eu queria chorar.

Quero poder sorrir ao me lembrar do seu olhar,
Quando abria os braços para me acolher,
Enxergava no fundo da minha alma,
E me fazia expulsar o que não me fazia bem.

Infelizmente nosso “para sempre” não durou,
As mágoas joguei no fundo do mar,
Da mesma forma que fez com meu coração.
Pesquei-o de volta e ordenei meus sentimentos,
Aqueles sobre você ficarão lá em seu cantinho,
Adormecidos da mesma forma que você em meus braços após um cansativo dia.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Por um caminho fechado vou vagando,
Por sobre espinhos e galhos piso a todo instante,
A densa neblina esconde o que vem a seguir,
Para trás não olharei, tenho que seguir sempre em frente.

Obstáculos surgem a todo tempo,
Montanhas íngremes já escalei,
Rios profundos cortam meu caminho,
E o vento gelado parece nunca cessar,
Pior! Sei que por enquanto ainda enfrentarei outros.

Já fui derrubado por alguns desses obstáculos,
Machucado, levantei e prossegui.
Não vou desistir, tenho que continuar.
Sequer sei aonde chegarei,
Só sei que lá atrás não poderia ficar.

Aos poucos a neblina fica menos densa,
Os rios mais rasos,
E os ventos menos freqüentes.
Meus pés já calejados não me incomodam mais,
Agora posso caminhar mais rápido.

Criaturas nunca vistas me tomaram tempo,
Atrasando minha chegada,
De onde surgiram?
Elas nunca existiram,
Não foi minha mente que as criou,
Meu coração mais uma vez tomou conta de mim,
Tentando me levar de volta para o seu lado.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O texto de hoje não foi escrito por mim, desconheço o autor e cederei o espaço porque vale a pena.

SE O AMANHÃ NÃO VIER...

Se eu soubesse que essa seria a última vez que eu veria você dormir
Eu aconchegaria você mais apertado,
E rogaria ao senhor que protegesse você.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que veria você sair pela porta,
Eu abraçaria, beijaria você, e chamaria de volta,
Para abraçar e beijar uma vez mais.

Se eu soubesse que essa seria a última vez que ouviria sua voz em oração,
Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua,
Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu gastaria um minuto extra ou dois, para parar e dizer: EU TE AMO
Ao invés de assumir que você já sabe disso.

Se eu soubesse que essa seria a última vez,
Eu estaria ao seu lado, partilhando do seu dia, ao invés de pensar:
"Bem, tenho certeza que outras oportunidades virão, então eu posso deixar passar esse dia."

É claro que haverá um amanhã para se fazer uma revisão,
E nós teríamos uma segunda chance para fazer as coisas de maneira correta.
É claro que haverá outro dia para dizermos um para o outro: "EU TE AMO",

E certamente haverá uma nova chance de dizermos um para o outro:
"Posso te ajudar em alguma coisa?"
Mas no caso de eu estar errado, e hoje ser o último dia que temos,
Eu gostaria de dizer

O QUANTO EU AMO VOCÊ,

E espero que nunca esqueçamos disso.

O dia de amanhã não esta prometido para ninguém, jovem ou velho,
E hoje pode ser sua última chance de segurar bem apertado, a mão da pessoa que você ama.

Se você está esperando pelo amanhã, porque não fazer hoje?

Porque se o amanhã não vier, você com certeza se arrependerá pelo resto de sua vida,
De não ter gasto aquele tempo extra num sorriso, num abraço, num beijo,
Porque você estava "muito ocupado" para dar para aquela pessoa, aquilo que acabou sendo o último desejo que ela queria.

Então, abrace seu amado, a sua amada HOJE.
Bem apertado.
Sussurre nos seus ouvidos, dizendo o quanto o ama e o quanto o quer junto de você.
Gaste um tempo para dizer:
"Me desculpe"
"Por favor"
"Me perdoe"
"Obrigado"
ou ainda:
"Não foi nada"
"Está tudo bem".
Porque, se o amanhã jamais chegar, você não terá que se arrepender pelo dia de hoje.
Pois o passado não volta, e o futuro talvez não chegue.