quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cabisbaixo, sigo ao meu retiro,
Desligar-me do mundo,
Esquecer...
Nem que seja por alguns instantes
Que o meu céu
Estava prestes a desabar.

Rumando ao meu destino
Eis que surge um grito,
Do meio da escuridão
Ecoando em meus ouvidos
Só me restava ceder
Àquela encantadora voz.

Hipnotizado,
Corpo trêmulo,
Mal podia caminhar,
Sangue gelado percorrendo minhas veias,
O que estava havendo comigo?

Mantive-me de pé
Precisava prosseguir,
Ainda atordoado,
Avistei-a ao longe.
Tentei correr ao seu encontro,
Em vão,
Meu corpo não respondia aos meus comandos,
Mantive o lento ritmo.

E em meio dessa escura noite
Senti a mais clara luz.
Guiada pelas estrelas,
Bela e encantadora
Despertou-me para meus sonhos,
Palpitou-me meu desacordado ser.

De onde veio?
Como pôde?
O que faz comigo?
Um sorriso surge no silêncio!
Talvez as respostas surjam,
Talvez não,
Mas não importa,
Fique aqui comigo
Agora e para sempre!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Desde aquele momento
Em que pude enxergar
Através de seus olhos,
Não pude mais
Imaginar distância entre nós.
Enfim pude sentir
Que era hora de me abrir,
De sair,
Do meu solitário abrigo,
O qual fingia me fazer bem.

Não quero voltar de onde vim,
Uma vez visto o nascer do Sol,
Quero sempre poder vê-lo
Desde seu primeiro raio.
E por mais que nuvens
Tentem me enganar,
Sei o que haverá por trás delas.

Convido-te para me acompanhar,
Assistir e deslumbrar,
Não prometo o espetáculo,
De nada valem minhas palavras,
Só saberá o que te digo
Cedendo e me seguindo.

A única dúvida que resta:
Qual o mais forte brilho?
O que se esconde através dessas nuvens
Ou o brilho do relâmpago
Formado por elas mesmas?

Arrisco ainda:
Que o mais forte
Se combinará
Com a beleza do seu olhar!