domingo, 4 de março de 2012

Desacordado por tanto tempo
Pensamentos ao longe
Vivendo sem vida,
Congelado em meu refúgio
Sonhando em encontrar-te.
Doeu até então
A angústia do desconhecimento,
Tua falta machucou-me!
Surge assim em meio à calmaria,
Acostumado em correr
Restou-me observar.
És real?
Desconfio,
Finjo ser mais um sonho
Que em breve dissipar-se-á...

Invades minha mente,
Perturbas minha indiferença,
Derrubas meu altar.
Pés no chão,
Olhar lançado,
Sentimentos aguçados,
Trêmulo acoberto meu olhar.
Descontrolados arrepios,
Terei que ceder,
Render-me a mim mesmo!

Escondido naquele antigo bau
Trancados meus mais belos sonhos
Misturados em meus reais desejos.
Encare-me!
Convença-me
Que não vieste a toa,
Recolheste tudo que escondi,
Massacra-me com meus próprios desejos!

Sorriste?
É assim que prova ser real?
É tudo que preciso!
Rendo-me não só a mim
Como também a ti...
Por que demoraste?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mantive-me distante todo esse tempo,
Ausente do que poderia me fazer sofrer,
Refugiando-me da felicidade
E do incerto que há por vir.
Não há como negar,
Que essa oposição de sentimentos
Uma hora teria que encarar.
Ponho-me a me vigiar,
Deparo comigo mesmo
Em distantes pensamentos,
Vagos pensamentos,
Sólidos pensamentos,
Enlouqueço pela tua atual ausência
E nosso tão próximo presente!
Mente que me confunde,
Desejos que me motivam,
Sentimentos que me apertam.
Estremeço,
Batimentos acelerados,
Amedrontado,
Sorriso que me escapa...
Chega de fugir
Cederei aos teus encantos,
Cederei aos meus caprichos,
Tudo que me mantinha distante,
Trás-me para ti!