quinta-feira, 12 de junho de 2008

Venho por meio desta, me despedir.
Despeço-me com a intenção de nunca mais lhe ver,
Nunca mais lhe encontrar,
Nem mesmo em pensamentos.
Após longo tempo unidos
Tenho a certeza
De que essa é a minha decisão final.
Acredite, não mais me espere,
Não voltarei atrás,
Estou tomando outro rumo
O qual você não faz parte dos planos.
Aprendi muito durante nossa convivência,
Evoluí, amadureci!
Mas agora realmente estou indo.
Deixo para trás você, vida solitária,
Porque agora é hora de ser feliz,
Não que não tenha sido enquanto convivemos,
Mas agora é pra valer
Enfim, chegou a hora de me encontrar
Com meu grande amor!
E é com ela que partirei
E viverei daqui pra frente.
Quanto a você, vida solitária,
Deixá-la-ei para as outras tantas pessoas
Que fingem preferir estar em sua companhia,
Que ludibriam-se fingindo a felicidade.
Desculpe,
Não sinto tristeza nessa despedida,
O que sinto,
É meu peito palpitando,
Clamando pela minha amada,
Minha mente formando a imagem dela
Por todos os cantos que olho,
E a saudade me torturando
A cada segundo em que soltamos nossas mãos.
Adeus...

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Cabisbaixo, sigo ao meu retiro,
Desligar-me do mundo,
Esquecer...
Nem que seja por alguns instantes
Que o meu céu
Estava prestes a desabar.

Rumando ao meu destino
Eis que surge um grito,
Do meio da escuridão
Ecoando em meus ouvidos
Só me restava ceder
Àquela encantadora voz.

Hipnotizado,
Corpo trêmulo,
Mal podia caminhar,
Sangue gelado percorrendo minhas veias,
O que estava havendo comigo?

Mantive-me de pé
Precisava prosseguir,
Ainda atordoado,
Avistei-a ao longe.
Tentei correr ao seu encontro,
Em vão,
Meu corpo não respondia aos meus comandos,
Mantive o lento ritmo.

E em meio dessa escura noite
Senti a mais clara luz.
Guiada pelas estrelas,
Bela e encantadora
Despertou-me para meus sonhos,
Palpitou-me meu desacordado ser.

De onde veio?
Como pôde?
O que faz comigo?
Um sorriso surge no silêncio!
Talvez as respostas surjam,
Talvez não,
Mas não importa,
Fique aqui comigo
Agora e para sempre!

terça-feira, 1 de abril de 2008

Desde aquele momento
Em que pude enxergar
Através de seus olhos,
Não pude mais
Imaginar distância entre nós.
Enfim pude sentir
Que era hora de me abrir,
De sair,
Do meu solitário abrigo,
O qual fingia me fazer bem.

Não quero voltar de onde vim,
Uma vez visto o nascer do Sol,
Quero sempre poder vê-lo
Desde seu primeiro raio.
E por mais que nuvens
Tentem me enganar,
Sei o que haverá por trás delas.

Convido-te para me acompanhar,
Assistir e deslumbrar,
Não prometo o espetáculo,
De nada valem minhas palavras,
Só saberá o que te digo
Cedendo e me seguindo.

A única dúvida que resta:
Qual o mais forte brilho?
O que se esconde através dessas nuvens
Ou o brilho do relâmpago
Formado por elas mesmas?

Arrisco ainda:
Que o mais forte
Se combinará
Com a beleza do seu olhar!

sexta-feira, 14 de março de 2008

Em sua face
Deslizo minhas mãos...
Esqueça tudo
O que já passou,
Sinta-se mais uma vez
Aquela criança
Que vivia para brincar.

Não se vá,
Fique!
De olhos fechados
Observe tudo que a rodeia
Deixe escorrer essa lágrima.
Essa a qual carregava suas preocupações
Quando ela não puder mais descer,
Transformar-se-á
Apenas em experiência de vida.

Sinta-se livre,
Ouça o silêncio
De minhas verdadeiras palavras,
O ardor de meu toque
E a profundidade do meu ser.

Quando abrir os olhos mais uma vez,
Vislumbrarei o seu olhar,
Sem poder dizer uma palavra
Saberá por que resolveu ficar.
Esse tilintar interior
Logo irá se tornar
No toque das cornetas
Que a colocarão a suspirar.

sábado, 8 de março de 2008

Foi então que percebi
Que um passo adiante,
Poderia me levar para trás,
Colocando-me
A enxergar por entre as nuvens
E que era o teu brilho
Que eu precisava
Para iluminar o meu céu.

Ninguém quis me contar
Que não precisava sair
De onde sempre estive
E que eu poderia procurar
Cada vez mais longe
Mas voltaria pra casa
Da mesma forma que quando saí...

Dentre muitos rostos
Fui atraído para o teu,
O porquê entendi
Com o tempo.
E é ele que te mostrará
Cada vez mais
Que aquele vazio espaço
Que me preenchia,
Não está mais
Como quando me encontrou.
Renderei-me a mim mesmo,
Sorrirei com um motivo a mais...
Com mais sentido.

Com doces palavras
Poderemos nos entender
Chorar...
...de rir,
Percebendo que nem sempre
Precisamos compreender.

E quando longe eu estiver
Pensando em ti,
Sei que sempre estará
Acompanhando meus passos
Sabendo o que faço
Sem que precise te contar,
Tendo a certeza
Que não irei te abandonar.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Quando levantar a cabeça,
Notar que já é quase noite
A fraca luz do Sol
Não for mais suficiente para lhe aquecer
E a gelada brisa adormecer seu rosto
Esqueça o que ficou...

Siga para seu aposento,
Retire-se mais uma vez do mundo
Busque seu interior
E esqueça mais uma vez
De compartilhá-lo.

Uma palavra engasgada,
Um sorriso acorrentado,
Gestos ignorados,
Vontades reprimidas,
Sentimentos repreendidos.

Lembrar que pela manhã
Aquela pessoa
Que você viu na rua
E timidamente
Fixou-lhe os olhos
Querendo apenas um sorriso
E não o recebeu,
Não pode mais lhe observar
Sequer poderá vê-la novamente
Quem dirá receber
Um último sorriso...

E é assim
Que se seguem muitas vidas,
Se é que se pode chamar de vida...
Ou talvez seja assim,
Que se perdem muitas vidas:
Em vão...

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Com passos largos
Firmes e decididos
Caminho adiante,
Seguindo para longe,
Bem longe.

Sabe-se lá onde chegarei,
Como chegarei
E se chegarei...

É...
Quantas vezes mais tentarei?
Fugir!!!
Ainda não sei porque
Insisto nisso.
Se a cada tropeço que dou
É você quem me levanta,
É você quem me incentiva.

Sorrindo,
As vezes gargalhando,
Você continua a observar
O quão tolo sou,
Por querer me esconder,
De mim mesmo
É você quem quero!!!

Agora pare...
De rir de mim,
Sente-se aqui comigo,
Observe o por-do-Sol
Enquanto observo
Você...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Um dia,
Quando puder
Deslizar minhas mãos
Em tua pele,
Sentir teu cheiro
E viajar
Pra qualquer canto
Sem sair de onde estou,
Saberei por que vivo.

Um grito em silêncio,
Um movimento estático,
Uma visão no escuro
Um coração que bate.

O que se passa?
Quando se passa?
Porque se passa?
Como se passa?
Apenas se passa!

Hoje,
Penso em ti
Como se te conhecesse,
Converso sozinho,
Cito versos
Unindo estrofes
Sem saber o que dizer.

Apressado,
Sigo rumo a meu retiro
Para te encontrar
Da única possível maneira:
Em meus delírios noturnos!