domingo, 4 de março de 2012

Desacordado por tanto tempo
Pensamentos ao longe
Vivendo sem vida,
Congelado em meu refúgio
Sonhando em encontrar-te.
Doeu até então
A angústia do desconhecimento,
Tua falta machucou-me!
Surge assim em meio à calmaria,
Acostumado em correr
Restou-me observar.
És real?
Desconfio,
Finjo ser mais um sonho
Que em breve dissipar-se-á...

Invades minha mente,
Perturbas minha indiferença,
Derrubas meu altar.
Pés no chão,
Olhar lançado,
Sentimentos aguçados,
Trêmulo acoberto meu olhar.
Descontrolados arrepios,
Terei que ceder,
Render-me a mim mesmo!

Escondido naquele antigo bau
Trancados meus mais belos sonhos
Misturados em meus reais desejos.
Encare-me!
Convença-me
Que não vieste a toa,
Recolheste tudo que escondi,
Massacra-me com meus próprios desejos!

Sorriste?
É assim que prova ser real?
É tudo que preciso!
Rendo-me não só a mim
Como também a ti...
Por que demoraste?