sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Somem as palavras,
Se perdem as idéias,
Domina a minha mente,
Um simples olhar...
O meu olhar,
Em direção aos seus olhos,
Como um mergulho
Dos céus,
Para a imensidão do oceano.

E essa mistura de sensações,
Que me fascina e me cala,
Surge assim,
Um sorriso em minha face,
Brilham meus olhos,
Refletindo a luz dos seus.
E naquele breve instante,
De uma piscada de seus olhos,
E eu voltando a mim,
Peço que nunca deixe esse brilho se apagar,
Esse brilho,
Iluminando meu caminho
E me incentivando a viver.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Somem as palavras,
Necessito me expressar,
Chega de transtornos,
Quem pode me ajudar?
Exausto!
Chega de me seguir,
Deixa-me dormir,
Entretenha-se sem mim,
Desapareça da minha mente.

Falando sozinho outra vez,
Vigiado por mim mesmo,
Evito os pensamentos,
Naquela que me faz delirar
Naquela que não posso ver.

Não sei quem és,
Só sei que aí está,
E penetra em meu peito
Fazendo-o vibrar.

Colore os meus sonhos,
Pinta meus pensamentos,
Mas então não fuja mais uma vez,
Encara-me logo,
Assuma seu ser,
Ou deixa-me viver!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Insiste em invadir meus sonhos,
Embaraçar ainda mais essa mente confusa,
Essa mente a qual lhe cria,
Me fascina seu olhar.

Desabo em prantos,
Oscilando em alegria e esperanças,
Das manhãs que poderiam ser mais belas,
Uma dádiva em minha vida.

Perturba a minha imaginação,
Num breve e intenso instante
Sua presença me corrompe,
Destrói a barreira,
Inunda minha alma
E transpareço o que guardei.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Ponho-me a escrever,
Sem rumo busco a exposição
Das entranhas da mente
Busco uma explicação.

Acelerado, confuso,
Exponho-me a quem quiser decifrar,
Não posso negar,
Só tenho a aprender.
Vejo a vida correr no horizonte,
A tempestade do outro lado do morro,
O clarear criando minha sombra.

Saudades de minha infância,
Livre de preocupações
Brincava de ser gente grande.
Hoje ainda quero brincar,
Mas de ser criança de novo,
Não precisar entender,
Ao menos imaginar...
Fico no aguardo do dia,
Que isso não será só brincadeira,
Será o mundo em que vivo,
Não digo por mim,
Mas por aqueles
Que continuam a se esconder.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Na noite passada tive um sonho,
O qual conheci uma sereia,
Encantado pelo seu canto,
Sua voz ainda ecoa em minha memória.

Já estou acordado,
Mas ela ainda nada em meus pensamentos,
Lembro-me de estarmos sobre as águas,
Em uma clara noite,
A qual o brilho dos seus olhos,
Confundiam-se com o das estrelas.
Um sonho muito real,
Mas não consegui aproveitá-lo o suficiente,
Já sabia que era um sonho,
Porque era você a bela sereia.

Tão real que pude sentir o frio dessa noite,
Depois o seu calor,
Através do toque de suas mãos,
Aqueci e estremeci,
Incontrolavelmente estremeci...

E quando estava próximo de despertar,
Você tentou me consolar,
Diminuindo o brilho dos seus olhos,
Sob uma melodia desconhecida por mim,
Fui pegando no sono.
Mas ainda tive tempo,
De lhe observar seguindo seu caminho,
Tentei me aproximar,
Mas já era tarde,
Hora de voltar à vida.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Queria eu,
Chegar agora em casa,
Irritado com os problemas,
Só para você olhar dentro dos meus olhos,
Enxergar minha alma,
Abrir um sorriso
E proporcionar-me,
A felicidade que só você consegue.

Queria eu,
Ser encontrado por você,
De cabeça baixa,
No meu canto,
A derramar lágrimas,
Desolado por um motivo qualquer,
E transformar minhas lágrimas de tristeza,
Em lágrimas de alegria.

Queria eu,
Explodir de raiva,
Para você poder me encontrar,
Sabendo que é de você que preciso,
E só de ouvir seu caminhar,
A euforia tomar conta de mim,
Poder sentir aquela paz interior,
Abaixar a guarda,
Abraçar-lhe por alguns instantes.
Instantes esses que valem pela eternidade,
E sorrindo como uma criança,
Pedir aos céus que esse momento seja realmente eterno.

Queria eu,
Ver que nossos destinos se cruzaram,
Planejar nosso futuro,
Deitar todo dia com você,
Sabendo que posso acordar na manhã seguinte,
E que isso se repetirá para sempre.
A cada manhã,
Acordar antes de você,
Ficando a lhe observar
E quando despertar de seu sono,
Dizer que lhe amo!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Debaixo do meu travesseiro,
Uma carta me aguardava,
Assinada pelas estrelas,
Com letras miúdas,
Palavras aparentemente desordenadas,
E desenhos feitos a mão,
Parecia ser um guia.

Uma professora foi indicada,
Para que eu pudesse decifrar,
Chamada de Vida,
Ela poderia me ajudar.
Um profeta auxiliaria,
Chamado de Tempo,
Daria mais algumas dicas.
Necessitava antes de mais nada,
Localizar uma tal de Sabedoria,
Mas para alcançá-la,
O profeta disse que só com ajuda da Paciência.

Todas essas pessoas,
Dispostas a ajudar,
Me chamaram a atenção muitas vezes,
Quando perdi a direção,
E mudei o rumo espontaneamente.
Nunca deixaram atender a porta,
Parece que era uma velha bruxa chamado Desistência.

Juntos, pudemos decifrar,
Algumas linhas dessa carta,
Já sei que foi você quem a enviou,
Resta ainda decifrar,
O que falta fazer,
Para você poder me encontrar.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O desespero de se contar estrelas em companhia,
O medo de na velhice,
Não ter os netos espalhando brinquedos pela casa,
A agonia tomando conta do seu ser,
O ser o qual pensa agir corretamente,
Merecendo assim que seu desejo seja realizado.

Apega-se cegamente àquela pessoa que diz lhe amar,
A qual comenta sobre sua beleza,
E não passa um só dia sem lhe procurar.

E ao amanhecer nota que sua vida não está completa,
Viveu caminhando nas suas ilusões,
Correndo da luz do Sol.
Percebeu que havia uma janela,
E que lá fora era tudo mais claro,
Cabeça confusa, atitudes incertas.

Sua resposta chegará,
Aprender a ser paciente é sua única chance,
Aguardando o exército da paz lhe dominar,
Nessa guerra de opostos.