quinta-feira, 17 de março de 2011

Olhar que penetra na tua alma,
Invade teu ser,
Te faz suspirar,
Derruba-te em instantes,
Faz-te desejar!
Pensamentos afugentando-te,
Delirando!
Olhas para trás,
Amedrontada
Refugia-te em insanidades...
Ouves minhas voz:
Volte ao mundo,
Encare a realidade!
Sabias desde o início
Correu!
Pensamentos velozes
Abalroada escondeu-te!
Provo aqui,
Que de nada adiantou
Tu voltastes,
Fracassastes
Em me esquecer!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cá estou novamente a pensar,
Sentado em meu mundo,
Onde não podes me ver,
De braços cruzados,
Olhando para o outro lado,
Tudo quieto...
Silencioso...
A névoa começa a descer,
Não enxergo nada além de meu mundo,
Inquieto!
Sinto necessidade de levantar,
Seguir até aí.
Seria a hora?

A hora de permanecer sentado!
Passos descompassados,
Olhar em meio à névoa,
Torno a sentar.
Concentro-me no olhar.
Impossível!
Teu cheiro se espalha,
Chega até mim,
Involuntariamente
Desvio meu olhar.

Insosos pensamentos
Ameaçam se esvair.
Permita-me,
Nem que por alguns dias
Ficar longe de meus sentimentos...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Precisastes de uma mão,
Quando todos se foram,
Havia se perdido em seu canto,
Jogada, largada,
Sem saber o que fazer,
Sem saber o que pensar,
Sem motivos pra viver!
Extendi a minha,
Você segurou,
Olhou-me nos olhos,
Puxei-te!
Convidei-a para meu mundo,
Segurei-a em teus primeiros passos,
Em instantes pudestes andar novamente.
Deixei-a livre e fiquei por ali,
Observando, vislumbrando,
Seu sorriso a cada dia brilhava mais,
Encantei-me.
Sua vida, você mesma teve de volta,
Apenas lhe mostrei
Que deveria voltar!
Seu olhavar emanava,
Uma bela energia,
Todos que tinham ido,
Voltaram...
Tudo que precisavas foi reconquistado,
A cada instante,
Eu ficava mais feliz.

Tudo como querias,
E sua recuperação,
Pude observar,
Cada vez mais de longe,
Tens tudo que queria,
Levou meu mundo contigo,
Minha mão recolhi,
Não mais a quisestes,
De braços cruzados,
Não posso mais te enxergar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fogem as palavras!
Sentimentos difusos,
Indefinidos e sem sentido.
Não há fluidez de pensamentos,
Expressão indiferente em minha face,
Não há porquê expressar-me,
Insisto!

Sem mágoas,
Sem alegria,
Simplesmente inerte
!Acostumado à profundidade de sentimentos,
À enxurrada de pensamentos,
À despertar todos os dias
Buscando focar-me
Para esquecer-te!

Vazio!
Cheguei onde queria,
Lágrimas não mais escorrem,
Sofrimentos não mais existem.
E agora?
Vazio incômodo,
Pedistes para me afastar,
Cá estou,
Não a esqueci,
Aprendi a adormecer meus sentimentos,
É isso que desejavas?

Cada vez menos palavras,
Cada vez menos pensamentos,
Cada vez menos sentimentos,
Rolando por minha face,
Se vai a última lágrima...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Enquanto perdurar esse vazio,
Uma falta inexplicável,
Um querer insaciável
Nesse vai e volta atormentador,
Meu mundo parece distante
Não consigo me refugiar,
Tento me enganar,
Pensar no impensável.

Porque tanto me atormentas?
Imploro pra que consiga agir
Retire-se de minha mente
Ou aproxime-se de vez!
Noites mal dormidas,
Sensação errônea de tempo
Horas que não passam,
Horas que não existem.

Chega!
Liberte-me,
Imploro aos céus,
Inicia-se a chuva,
É esse o sinal de que fui ouvido?
Nem o temporal me incomoda,
Sequer reparo
Que já é fim de dia
E meu vazio estômago reclama
Dos dias que passo sem me alimentar.

Oh dama,
Esqueças dessas palavras,
Elas não são pra você,
No máximo,
São por você,
Já que aqui,
Urro pela liberdade
De minha consciência!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Repensante em tua vida,
Confusa e difusa,
Teus pensamentos a levam à perdição,
Querer e não querer,
Sabes que não pode.
Querendo quebrar seu paradigma,
Avança!
Pára de novo,
Pensa,
Recua!

O que te impede?
Teu medo domina teu ser,
Tenta mostrar teu lado confiante,
Todos a volta acreditam,
Ninguém imagina
O que escondes por trás dessa bela imagem.
Fecha teu mundo,
Tudo se torna uma ilusão,
Fazes o que tem que fazer,
A noite, cai de volta na realidade
Em teu mundo,
Dorme pensando,
Acorda sonhando!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Abro a porta,
Ninguém a vista,
Tudo calmo,
Como sempre esteve.
Ainda é cedo,
Sigo rumo ao meu dever.
Um toque em minhas costas,
Nada vejo,
Volto ao meu caminho,
Outro toque,
Continuo sem te ver...
És tu querendo me enlouquecer,
Chamando e fugindo,
Gritando e sorrindo!

Acovardates, minha cara,
Queres mostrar presença
Não queres mostrar o rosto,
Queres atenção,
Não queres que te toque,
Queres tocar meu coração!

Acovardo-me!
Coração de gelo não mais existe,
Anseio saber quem está a me buscar!
No momento seguinte,
Também quero fugir,
Seria a hora propícia?
Observa-me há tempos,
Por sobre o ombro de teu amado
Fixavas teus olhos em mim,
Esperando teu momento.
Seria este?
Já sentes que a tenho em meus braços...
E pela suave brisa noturna,
Sinto teu perfume
Chegando em minha janela.

Provoque-me,
Confunda-me,
Provoco-te,
Confundo-te...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Trocastes a segurança,
Que sentia em meus braços,
A felicidade estampada
Nos mais belos traços de teu rosto,
Esse intenso sorriso
Que involuntariamente
Raiava em nossos momentos!

Inconformado fico a divagar,
A lógica, os mais puros sentimentos,
Foram guardados
Dando vida à uma incerteza
De apenas sentimentos
Jogados ao relento.

Sentimentos incertos
De tua cabeça,
Insistindo em te fazer sofrer,
Tentas esconder,
Foges do meu eu,
Sofro por ti e por mim.
Mais do que querer o teu bem,
Quero que você queira teu bem,
Você reluta em se afogar!

Ficarás nessa luta?
Irei desocupar meu coração,
Não vou mais esperar,
Levantarei minha cabeça,
Replanejar meus sonhos.
São apenas sonhos...
Dos quais irei deixar de me alimentar,
Iludir-me, chegando sempre ao vazio!

Nunca esquecerei,
A angústia da espera pra te encontrar,
O vislumbre de nossos beijos,
O soar de sua voz,
A alegria de te abraçar...
Não irei desistir,
Mas deixarei de sofrer!
Minhas últimas palavras pra ti:
Tudo poderia ser
Da forma em que sempre sonhou
Com quem sinceramente te valorizou!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Lá no fundo irei jogar,
Nessa caixa ficará,
Solitária e protegida
Para ninguém mais tocar
É onde permanecerá o que sinto.

Lá deixo o meu "gostar de ti",
A dor que sua falta me trás,
Os meus mais alegres momentos,
Meus sorrisos sem motivos...
Nossos beijos debaixo de chuva,
Andanças sem rumo pela noite,
Bagunça com tuas amigas,
Sequer tinhas vergonha,
Dos nossos longos beijos publicamente,
Matamos nossa fome igual crianças
Em um local qualquer,
Nunca mais irei esquecer...
E o que falar,
De quando eu tinha que ir
E pedias que ficasse,
Me laçava com os braços
E me pedia mais alguns minutos.
Beijos roubados,
Risos sem fim,
Carinho sem igual.

O que houve minha amada?
Pra onde foi tudo isso?
Dizes que fiz tudo certo,
Dê-me alguns minutos
Para eu tentar
Fazer tudo errado.
Quero minha fome de volta,
Meu sono de volta,
Acordar pensando em ti,
Madrugar rumando ao trabalho,
Sabendo que é para nosso futuro.
Todas essas lágrimas
Em vão...
Teu pedido
Para não nos vermos
Ainda ecoa,
Machuca, destrói!

...não funcionou!
Coloquei na caixa,
Bem fechada,
Fora de alcance,
E de nada adiantou!
Enganei-me achando que era tão simples,
Entre um verso e outro,
A caixa se abriu,
Tudo vazou,
O amor me derrotou!

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Um querer descontrolado,
Desatina sobre mim,
Busco em meus pensamentos
Uma solução para essa agitação interior!
É só você,
Que chega aqui dentro
E acaba com toda essa euforia.
Abordo-me sorrindo,
Ninguém enxerga o porquê,
Estou parado,
Com a vista ao longe
Em direção ao nada.
Foi você quem invadiu minha mente,
Sinto seu toque,
Sua macia mão
Contra a minha,
Um passo em minha direção,
Colados, já sinto sua pulsação,
Tudo que tinha ao meu redor se foi,
Você é tudo que vejo,
Tudo que preciso,
Tudo que quero!
Ao toque de nossas rostos,
Fecho os olhos
Aumento a pressão
Com que lhe abraço,
Sinto que nunca irá partir,
Que você já tem tudo que deseja
E que minha vida,
Virou nossa vida!
Um toque em meu braço,
Alguém me chama,
Abro os olhos
Você não está mais aqui...
Minhas lágrimas escorrem por minha face
Acompanho-as até tocarem o piso
Fui enganado mais uma vez
Pelos delírios
De uma mente apaixonada!

Esse vazio que me atormenta,

A angústia que me agride,

Essa vontade de ti,

Que perdida nesse emaranhado

De ilusões,

Nada pode fazer para me socorrer.

Em tão pouco tempo,

Arrancou um pedaço de mim

Tentou devolver,

Não aceito mais de volta!

Encantei-me

Em todos os dias,

E em todos os momentos,

Imaginar como seriam nossos dias,

Nossas noites,

Nosso futuro...

Agora tenho que me contentar descontente

Sem meus planos,

Que existiam só em meu mundo,

Em apenas imaginar,

Como seria...

Não sinto mais o bater descompassado

De meu coração,

Coração estúpido,

Que foi avisado,

Mas que não se conteve,

Não estou deixando a vida biológica,

Não seria assim tão fácil,

A necessidade de sofrer

Visitou-me de forma descontrolada,

Quero botá-la pra fora,

Em vão!

Quanto tempo ainda pensarei em ti, ó senhora dos meus pensamentos?

Só o que me resta fazer

É assumir:

O amor que sinto

Por ti!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Envolto pela desordem
Venho mais uma vez
Ao meu canto
Refugiado de tudo,
Preciso respirar!
Clamo aos céus
Por respostas,
Não mereço essa dor
Fiz o que pude,
Não sei se continuo!

O coração partido,
A sensação de insuficiência,
Quero correr,
Fugir,
Deixar livre
A lágrima que agora desce em minha face.
Preciso segurá-la,
Meu mundo não está fechado
-Não olhem pra mim!
-Não perguntem o que tenho!
A resposta é: não sei!

Não há cortes,
Nem quebras,
Estou inteiro,
Não há explicações!
Mal sabem
Que a maior das dores
Não há remédio que amenize.

Não minha bela amada,
A culpa não recai sobre ti.
Não envergonhe-se
Por eu te amar
E não ser correspondido!
Orgulho-me por ser ti
A mulher que transborda em meus pensamentos,
Em meus sonhos,
Em meus mais sinceros desejos!

E que se assim tiver que ser,
Levarei meus desejos adiante,
Mesmo que apenas em devaneios,
Lembrarei de ti
Com nossos filhos em teus braços,
De nossos incontáveis beijos,
E quantas vezes direi que
Te amo
E amarei,
A única que me faz sonhar!

Não há como se esconder,

Ou ainda negar,

Que é você quem quero...

Ser o primeiro a extender a mão

Em seu primeiro olhar de angústia;

Deslizar a mão em seu rosto

Quando o desespero brotar;

Estar assistindo ao nascimento

Daqueles que tanto sonha em criar;

Simplesmente fazer nada

Quando assim você quiser;

Ouvir atentamente

Seu brado quando assim acontecer;

Aguardar anciosamente,

A hora que em nossa casa chegar;

Circundar sua fina cintura

Dar-lhe o beijo que tanto espera,

E enfim poder lhe dizer

As palavras que saem do lado esquerdo de meu peito!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Sigo já sem forças,
O espetáculo
Parece chegar a seu fim,
Se assim eu permitir.
Não sei mais até quando
Insistir nessa batalha
Em que entrei
Munido apenas da branca bandeira
Buscando a minha
E a tua felicidade.

Felicidade tua,
Que deveria vir de ti,
Por si só,
Ó bela donzela.
Quando entenderei
Que nada posso fazer?

Lutarei na igualdade
Quando me mover
Para alguns palmos...
Debaixo da terra!
É assim que sentes?
Queres o que não pode,
O impossível,
O improvável.

Corra para lá,
Desfeita a desiguladade
Poderás deitar em tua cama
E ter tua tranquila noite?
O platônico te atrai!

Estúpido coração
Que insiste em me derrubar,
E assim me fazer lutar
Pelo que não devo.
Não fui a favor,
De me deixar levar
Por essa paixão
Que agora me corrói.

Peço agora aos céus,
Forças para ao menos rastejar,
Manter-me de olhos abertos,
Segurar a consciência,
E não poder lutar na igualdade!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Penso, penso, penso...

E não chego a qualquer lugar,

Qualquer palavra

Que por mais bela seja,

Será intimidada por tamanha beleza.

Beleza essa que me tira o sono,

E que me faz imaginar,

O toque em teu rosto,

O voar de teus cabelos ao vento,

Hipnotizantes olhos,

Fascinante sorriso.

Brilha-me o olhar

Estático hei de ficar,

E assim te vislumbrar!

Segura minhas mãos

Dê-me alguns instantes,

Vislumbro-te inteiramente

Aproveito os últimos instantes

Antes que se vá mais uma vez

Na fluidez de meus pensamentos!