quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Morna brisa que toca em meu pensamento,
Calma, mansa e silenciosa
Leva-me até ti.
Sem me dar conta
Já estou novamente em teu lado
Rindo e sem receios
Jogo-me em teus braços...
A realidade torna a me acordar
Pensamentos sem controle
Atiçam e me descontrolam.
Coloco os pés no chão
Volto à meus afazeres.
Tão logo se foi,
Tão logo volta.
Consciente de que meu lugar é aqui
Escapo a todo instante
Curtindo esses momentos
Que não são meus,
Não me pertencem.
Seguro tua mão
De forma que não fujas
A lágrima que não sai,
O sorriso se abre,
O sonho se vai,
Não é minha mão que está entre teus dedos
Acordo novamente...

domingo, 4 de março de 2012

Desacordado por tanto tempo
Pensamentos ao longe
Vivendo sem vida,
Congelado em meu refúgio
Sonhando em encontrar-te.
Doeu até então
A angústia do desconhecimento,
Tua falta machucou-me!
Surge assim em meio à calmaria,
Acostumado em correr
Restou-me observar.
És real?
Desconfio,
Finjo ser mais um sonho
Que em breve dissipar-se-á...

Invades minha mente,
Perturbas minha indiferença,
Derrubas meu altar.
Pés no chão,
Olhar lançado,
Sentimentos aguçados,
Trêmulo acoberto meu olhar.
Descontrolados arrepios,
Terei que ceder,
Render-me a mim mesmo!

Escondido naquele antigo bau
Trancados meus mais belos sonhos
Misturados em meus reais desejos.
Encare-me!
Convença-me
Que não vieste a toa,
Recolheste tudo que escondi,
Massacra-me com meus próprios desejos!

Sorriste?
É assim que prova ser real?
É tudo que preciso!
Rendo-me não só a mim
Como também a ti...
Por que demoraste?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mantive-me distante todo esse tempo,
Ausente do que poderia me fazer sofrer,
Refugiando-me da felicidade
E do incerto que há por vir.
Não há como negar,
Que essa oposição de sentimentos
Uma hora teria que encarar.
Ponho-me a me vigiar,
Deparo comigo mesmo
Em distantes pensamentos,
Vagos pensamentos,
Sólidos pensamentos,
Enlouqueço pela tua atual ausência
E nosso tão próximo presente!
Mente que me confunde,
Desejos que me motivam,
Sentimentos que me apertam.
Estremeço,
Batimentos acelerados,
Amedrontado,
Sorriso que me escapa...
Chega de fugir
Cederei aos teus encantos,
Cederei aos meus caprichos,
Tudo que me mantinha distante,
Trás-me para ti!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Olhar que penetra na tua alma,
Invade teu ser,
Te faz suspirar,
Derruba-te em instantes,
Faz-te desejar!
Pensamentos afugentando-te,
Delirando!
Olhas para trás,
Amedrontada
Refugia-te em insanidades...
Ouves minhas voz:
Volte ao mundo,
Encare a realidade!
Sabias desde o início
Correu!
Pensamentos velozes
Abalroada escondeu-te!
Provo aqui,
Que de nada adiantou
Tu voltastes,
Fracassastes
Em me esquecer!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cá estou novamente a pensar,
Sentado em meu mundo,
Onde não podes me ver,
De braços cruzados,
Olhando para o outro lado,
Tudo quieto...
Silencioso...
A névoa começa a descer,
Não enxergo nada além de meu mundo,
Inquieto!
Sinto necessidade de levantar,
Seguir até aí.
Seria a hora?

A hora de permanecer sentado!
Passos descompassados,
Olhar em meio à névoa,
Torno a sentar.
Concentro-me no olhar.
Impossível!
Teu cheiro se espalha,
Chega até mim,
Involuntariamente
Desvio meu olhar.

Insosos pensamentos
Ameaçam se esvair.
Permita-me,
Nem que por alguns dias
Ficar longe de meus sentimentos...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Precisastes de uma mão,
Quando todos se foram,
Havia se perdido em seu canto,
Jogada, largada,
Sem saber o que fazer,
Sem saber o que pensar,
Sem motivos pra viver!
Extendi a minha,
Você segurou,
Olhou-me nos olhos,
Puxei-te!
Convidei-a para meu mundo,
Segurei-a em teus primeiros passos,
Em instantes pudestes andar novamente.
Deixei-a livre e fiquei por ali,
Observando, vislumbrando,
Seu sorriso a cada dia brilhava mais,
Encantei-me.
Sua vida, você mesma teve de volta,
Apenas lhe mostrei
Que deveria voltar!
Seu olhavar emanava,
Uma bela energia,
Todos que tinham ido,
Voltaram...
Tudo que precisavas foi reconquistado,
A cada instante,
Eu ficava mais feliz.

Tudo como querias,
E sua recuperação,
Pude observar,
Cada vez mais de longe,
Tens tudo que queria,
Levou meu mundo contigo,
Minha mão recolhi,
Não mais a quisestes,
De braços cruzados,
Não posso mais te enxergar.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Fogem as palavras!
Sentimentos difusos,
Indefinidos e sem sentido.
Não há fluidez de pensamentos,
Expressão indiferente em minha face,
Não há porquê expressar-me,
Insisto!

Sem mágoas,
Sem alegria,
Simplesmente inerte
!Acostumado à profundidade de sentimentos,
À enxurrada de pensamentos,
À despertar todos os dias
Buscando focar-me
Para esquecer-te!

Vazio!
Cheguei onde queria,
Lágrimas não mais escorrem,
Sofrimentos não mais existem.
E agora?
Vazio incômodo,
Pedistes para me afastar,
Cá estou,
Não a esqueci,
Aprendi a adormecer meus sentimentos,
É isso que desejavas?

Cada vez menos palavras,
Cada vez menos pensamentos,
Cada vez menos sentimentos,
Rolando por minha face,
Se vai a última lágrima...